Logo
Facebook
Siga-nos no facebook

Situada numa posição central entre o Norte e Sul de Portugal, Castelo Branco marca uma fronteira de duas regiões culturais desde remotos tempos distintos: o mundo do granito e o mundo do xisto. A história desta cidade inicia-se em tempos remotos, verificando-se a existência de diversas versões, algumas controversas visto não existirem factos que as suportem. A partir de vestígios arqueológicos encontrados na zona, podemos afirmar que desde á muito tempo que o homem teve preferência por estas paragens.

Local de ocupação humana que remonta à Idade do Bronze foi, contudo, a partir dos conturbados tempos da história medieval peninsular, com a construção continuada de fronteiras, que Castelo Branco assume relevante papel regional a partir do foral de Pedro Alvito ( século XIII ), mestre dos Templários, o sítio desenvolve duas importantes funções: a defesa e o ruralismo, realidades bem patenteadas num desenho dos inícios do século XVI. Atentando ao perfil do Burgo desenhado por Duarte d'Armas, compreende-se a evolução urbana da cidade, que teve como núcleo inicial a antiga alcáçova situada no cimo da elevação onde Castelo Branco terá nascido. À volta do castelo templário o povoado foi ganhando novos espaços, estendendo-se pela encosta leste em direcção ao sopé.

Hoje desses tempos, conservam-se as ruas que trepam pelo encosta em direcção ao castelo, com os seus portados decorados, com os seus nomes recordando antigas profissões (Rua dos Peleteiros, dos Oleiros, dos Ferreiros), os pequenos espaços agrícolas (ainda hoje utilizados), o olival da encosta sul e ainda todas as características do pequeno mundo da rua com os seus cheiros e sons. Como cidade fortaleza, guardiã de populações e haveres, Castelo Branco conheceu a construção de monumentos no interior e no exterior da muralha, sendo a grande maioria visível nos nossos dias. O Paço Episcopal (Museu Tavares Proença Júnior) é um dos melhores exemplos. Mandado construir pelo Bispo da Guarda, D. Nuno de Noronha, entre 1596 e 1598, foi o paço de residência dos Bispos de Castelo Branco a partir de 1771.

Castelo Branco nasce no alto do monte de um outeiro isolado, o monte da Cardosa, e estende-se pela vertente oriental até à planura onde se alarga. Apesar da região possuir vestígios de algumas povoações do período pré-histórico, é difícil marcar com exactidão desde quando existe a cidade, de tal forma que vários historiadores tentaram já nomear Castelo Branco como herdeira da célebre povoação de Castraleuca , mas em vão devido à falta de elementos sólidos de tal facto.

Da historia antes de 1182 pouco se sabe. É a partir desta data que nos aparece um documento de doação aos templários de uma herdade designada de Vila Franca da Cardosa, emanada por um nobre de nome D. Fernandes Sanches. Mais tarde em 1213 é lhe concedido o primeiro foral de Pedro Alvito cedido pelos templários em que aparece a dominação de Castel-Branco. Já em 1215 o Papa Inocêncio vem confirmar esta posse e dá-lhe o nome de Castelo-Branco.

Em 1510 é D. Manuel que concede novo Foral à Vila de Castelo Branco, adquirindo mais tarde o titulo de notável com a carta de D. João III, em 1535. Torna-se assim em 1642 a Vila de Castelo Branco cabeça de comarca notável e das melhores da Beira Baixa. Já em 1771, D. José I eleva-a cidade, também neste ano o Papa Clemente XVI cria a diocese de Castelo Branco que viria a ser extinta em 1881.

Este foi um grande passo para o desenvolvimento de Castelo Branco, tornando-se a partir daí centro destacado da Beira. Desde esse reconhecimento, as estruturas económicas, e sociais e políticas foram evoluindo com a criação do Circulo Judicial, a instalação de unidades militares, a construção de vários estabelecimentos de ensino, a implantação de novos serviços, enfim, todo um conjunto de estruturas que permitiram a esta cidade ter um desenvolvimento acentuado e declarar-se como Capital do Distrito da Beira Baixa em 1959.

O Castelo e as Muralhas de Castelo Branco foram edificadas pelos Templários entre 1214 e 1230. No recinto desta fortaleza encontra-se a Igreja de Santa Maria do Castelo, antiga sede da freguesia. Era no seu adro que se reuniam a Assembleia dos Homens- Bons e as autoridades monástico- militares, até ao século XIV.

Castelo Branco é uma cidade que pelo seu longo passado se torna um dos mais ricos testemunhos da história da Beira Baixa.