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O Museu Etnográfico do Concelho de Castelo Branco, nasceu a brincar. Sem outra intenção que não fosse a de recolher material etnográfico para estudar adequadamente, com o fim de vestir de forma séria o grupo que, também a brincar, nasceu nos finais do já distante ano de 2004, fomos guardando tudo quanto pudemos e se enquadrava nos nossos propósitos.
Uma peça hoje, outra amanhã, devagarinho…

Cedo se nos deparou a primeira grande dificuldade consequente do trabalho realizado: a de encontrar espaços para guardar o material recolhido. Só Deus sabe quanto foi preciso improvisar tanto em matéria de espaços com algumas condições, como em mobiliário que permitisse arrumar sem se deteriorar tudo quanto chegara até nós e que era obrigatório conservar para que pudesse durar, pelo menos, tanto tempo como já durara antes de chegar às nossas mãos.

E assim vamos vivendo desde Novembro de 2004, ano em que, iniciamos o nosso trabalho de recolhas, sobre as 25 freguesias que compoem o nosso concelho.Continuamos ainda hoje esse arduo trabalho, e também o de procurar um local devidamente adquado para instalar aquilo que hoje, pelo seu acervo, pelas condições de exposição,e cuidados de conservação, constitui um verdadeiro museu, no sentido rigoroso do termo, o Museu Etnográfico do Concelho de Castelo Branco. Nome com que viemos a ser batizados pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro o qual a partir dai nos incluiu no Roteiro de Museus e Espaços Museológicos, até aos dias de hoje.

O mesmo respeita à indumentária e seus complementos. Das muitas dezenas dos lindíssimos lenços de algodão, de lã e de seda pura, aos xailes de merino, de Caxemira e de seda; dos corpetes com varas de aço, barbas de baleia e cordões, aos mais populares, de linho com atilhos ou botões; dos das camadas sociais económica e socialmente mais evoluídas, de seda com bordados finíssimos e aplicações várias, aos primeiros soutiens, de renda, feitos pela própria usuária, ou da costureira que viajava de casa em casa.

Das nossas casas senhoriais, conseguimos adquirir um rico e vasto espólio que se encontrava em vias de extinção, no fundo dos arcases. E as sombrinhas do século XIX e do princípio do século XX; e os fatos de bebé e de criança; e os das noivas da primeira metade do século XX; e os lenços de assoar, de vénus e dos outros; e as luvas de renda, de algodão, de seda, de pelica das senhoras de teres. O que aqui vai de coisas lindas e preciosas…

Mas outras colecções fazem também parte do museu, sempre relacionadas com a temática específica — a Etnografia.
Em rápida referência, registamos os instrumentos musicais da tradição popular portuguesa, os instrumentos relacionados com a barba e os cabelos, com o tabaco, com a correcção da visão, com a escrita, sem esquecer os brinquedos de menino. E ainda …

Bom, a lista já vai longa e continuá-la seria correr o risco de empanturrar o leitor. O melhor mesmo é meter pés a caminho e vir apreciar com os próprios olhos. E diga-nos depois se valeu ou não a pena.

Marque a sua visita e disponibilize algum tempo. Terá oportunidade de apreciar coisas importantes referentes à vida do Povo Português, algumas das quais, pensamos, constituindo autênticas surpresas.

Muitas escolas, da nossa cidade, por aqui têm passado, sem esquecer o público em geral; mas o que mais nos honra é a presença de estudiosos e investigadores em busca de material para os seus trabalhos e teses.

Do ponto de vista cultural, pensamos estar a prestar um bom serviço à comunidade, aqui, em Castelo Branco, capital de distrito da provincia da Beira Baixa.
E com apoios oficiais bem escassos.

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