Logo
Facebook
Siga-nos no facebook

Zona habitada desde as mais remotas eras como o denotam sinais evidentes que assinalam, de maneira mais ou menos evidente marcas civilizacionais. Desde a fundação da nacionalidade que documentos de doação e forais afirmam a importância da região onde a freguesia de Juncal se insere. Podemos falar de sinais evidentes de povoamento a partir do séc. XVI. Com os topónimos de Juncal e Monte do Juncal aparece em documentação dos sécs. XVII e XVIII. Foi criada a freguesia independente de Salgueiro pelo dec. Lei n.º 22844 de 19/07/33. Em 27/06/55 começou a designa-se oficialmente por Juncal do Campo. Orago – S. Simão.

Toponímia: Juncal (campo de juncos)
Festas e Romarias: S. Simão (Domingo mais próximo de 28 de Outubro, Coração de Jesus (Domingo de Junho) e por tradição a Romaria da Senhora de Valverde.

Património Cultural:
Ermida de S. Simão
Portais Quinhentistas
Rua Estreita, nºs 8 e 9
Fonte Cimeira: 1901

Artesanato: Safões e objecto de cortiça.
Gastronomia: Borrego no forno, maranhos, enchidos.
Doçaria: Cavacas, tijeladas, papas de carolo, biscoitos de azeite, broas de mel.

Usos e costumes:

COBRÃO
O cobrão é o nome que o povo dá a uma doença de pele caracterizada pelo aparecimento de pequenas vesículas que surgem, segundo a crença, devido à circunstância das roupas interiores, quando se encontram a secar, terem estado em contacto com qualquer bicho peçonhento: cobra, osga, lagarto ou lagartixa, bichos esses que nelas deixaram, como se diz em Cebolais de Cima, o seu rastejo. É o veneno contido nesse rasto que, em contacto com a pele, desencadeia a doença.

Para curar o doente repetia-se esta fórmula:

Aqui te corto, cobrão: cabeça, rabo e coração

Com a recitação fazem-se cruzes três vezes com as costas de um a faca voltada para a parte atacada pelo mal. No começo e no fim benzem-se, dizendo: «Em nome do Pai, do Filho e do espírito Santo». Misturam-se depois cinzas de palha de alho, mel aplicam a mistura sobre o cobrão três vezes por dia.

V. Joaquim Pires de Matos, Juncal do Campo, 1983, página 97.