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O povoamento deve ser anterior à nossa nacionalidade (existem vestígios na área). Mais remota da sua existência data de 1182 na doação que Fernando Sanches fez à A referência Ordem do Templo, da herdade de V. Franca da Cardosa (S. Lourenço do Salgueiro) da documentação existem referências pelos Séc. XVI, XVII. No inquérito ordenado por Marquês de Pombal (1758) existe notícia circunstanciada da sua vida, riquezas, acidentes naturais, etc. Em 1708 tinha 140 vizinhos. Em 1958 foi inaugurada a luz eléctrica.

Festas e Romarias: Nossa Senhora de Fátima (13 de Maio); S. Pedro (1º Domingo de Setembro); Nossa Senhora do Bom Sucesso (penúltimo Domingo de Agosto)
Gastronomia: Tijeladas, papas, broas de mel, bicas, biscoitos de azeite, filhós e Maranhos.
Artesanato: Bordados, ferrarias e trabalhos em madeira

 

 

Património Cultural:

  • Fonte da Telha: perto de um forno mourisco antigo
  • Calvário com inscrição de 1721
  • Igreja Matriz de S. Pedro: desconhece-se a data, sofreu transformações sucessivas Fonte Fria/Fonte do Salgueiro: Antiga com mitra
  • Capela de Nª Senhora do Bom Sucesso: principiada em 1735, sofreu transformações (lugar de Palvarinho)
  • Capela de São Lourenço: a referência mais antiga é de 1182, pertenceu à Ordem de Cristo. Foi restaurada em 1967 (lugar de Palvarinho)

Usos e costumes

O COBRÃO
O cobrão é o nome que o povo dá a uma doença de pele caracterizada pelo aparecimento de pequenas vesículas que surgem, segundo a crença, devido à circunstância das roupas interiores, quando se encontram a secar, terem estado em contacto com qualquer bicho peçonhento: cobra, osga, lagarto ou lagartixa, bichos esses que nelas deixaram, como se diz em Cebolais de Cima, o seu rastejo. É o veneno contido nesse rasto que, em contacto com a pele, desencadeia a doença.

Para curar o doente repetia-se esta fórmula:

" Aqui te corto
se és cobra ou cobrão
corto o rabo, a cabeça e a raiz do coração."

Circunda-se a parte infectada com tinta e polvilha-se essa parte com cinzas das palhas de alho.
Na fórmula a palavra forte é "aqui te corto". O gesto enfeitiçante ou de possessão consiste na formação de um círculo em volta da parte doente.
Também aqui, há função libertadora das palavras se alia a função curativa das cinzas das palhas-de-alho.