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O povoamento desta região data dos primórdios da nacionalidade ( vestígios romanos entre Ninho do Açor e Sobral do Campo). E a partir do reinado de D. Dinis que aparece a designação de Sobral do Campo. Em 1300 era curato da apresentação da vigararia de S. Vicente da Beira. Em 1496 pertencia a D. Diogo da Cunha, foreiro do Mestrado da Ordem de Aviz. Até 1895 pertenceu ao conc. De S. Vicente da Beira. A partir desta data foi anexada ao Conc. de Castelo Branco.

Toponímia: Suber (Sobreiro) Sovral – Sobral.
Festas e Romarias: S. Sebastião (20 de Janeiro); S. José (19 de Março); Sagrado Coração de Jesus (5 de Junho); Imaculada Conceição (8 de Dezembro); Nossa Senhora da Saúde (15 dias depois da Páscoa); Santo António (4º Domingo de Setembro)
Gastronomia: Bacalhau à sagareiro, serrabulho, cabrito no forno e chanfana

 


Património Cultural:

  • Igreja Paroquial
  • Capela do Espírito Santo (altar barroco de talha dourada)
  • Capela de Srª Cruz
  • Chafariz de duas bicas

Doçaria: Broas de Mel, Filhós Fritas, Biscoitos de Azeite, etc.

Nótula Etnográfica

Sobral do Campo, a culminar a colina que ressalta entre a Ribeira da Senhora da Orada e o Ribeiro do Tripeiro, é terra de promissão que vive apenas da lavoura que lhe dá azeite e o vinho, o pão e a fruta, o melo e o queijo, as novidades das hortas e os animais indispensáveis a alimentação dos seus habitantes.

Nos terrenos mais ingratos medram os matos e as sobreiras, verdejam pradarias e brilham a luz do sol os lameiros onde se cria a erva tenra.
As indústrias caseiras – linhos, estopas, mantas e tapeçarias, rendas e bordados – morreram há muito e parece não mais ressuscitarem. Mas ficaram por ali as velhas canções e danças entoadas a uma ou a duas vozes, de pura harmonia, melopeias cristalinas de encantar.

A primeira, neste Florilégio da Beira Baixa, a Moda das Janeiras de Sobral do Campo que ali se canta depois do Natal até aos Reis.
Apagados já os madeiros em frente a Igreja Matriz, sumidas as vozes que cantam as loas ao Menino Jesus, chegada a véspera do primeiro dia de Janeiro, a meia noite saem um ou dois grupos de rapazes e raparigas, lanternas nas mãos ou suspensas de varas, cada grupo por seu caminho, em deambulação pelas ruas da aldeia, para apresentação dos cumprimentos de Ano Novo.

Começam pela casa do Pároco, depois pela casa do professor e das pessoas gradas da aldeia e vai de cantar as janeiras, levando então de seguida as casas dos outros moradores, saltando as das famílias em luto e aquelas onde haja pessoas doentes.

Quando os cantares acabam, abrem-se as portas das casas e entram.
Ali lhe servem bolos, biscoitos, filhós e jeropiga. Segue-se a cantata, rua fora, até depois das duas horas da madrugada...... E assim continua todas as noites até a véspera dos Santos Reis.

Nas quadras fazem-se rimas, as vezes de pé quadrado, para soarem bem com os nomes dos moradores...... o que em nada briga com a cerimónia dos cumprimentos natalícios.
E o mesmo se repetirá no ano seguinte.